Entrevista a: Lillian Barros
Nutricionista Clínica
Membro efetivo da Ordem dos Nutricionistas nº 1382 N
Sócia da Associação Portuguesa dos Nutricionistas nº 726

1 – Quando descobriu o gosto por esta profissão?
Costumo dizer que cresci com uma pequena nutricionista dentro de mim. Desde muito nova que o gosto pela alimentação saudável foi um dos pilares mais importantes lá em casa. A minha mãe passou-me este "bichinho" da nutrição desde tão cedo que não me lembro sequer de quando começou.Quando chegou a hora de escolher um curso e uma profissão não tive muitas dúvidas a nutrição clínica encaixava-se que nem uma luva na paixão que crescia dentro de mim mesmo sem eu saber. Quando comecei a trabalhar esse amor cresceu ainda mais e desde então que me cativa e motiva todos os dias a ajudar todas as pessoas que me procura para viver melhor, com mais saúde e energia.

2 – Como surgiu a oportunidade de escrever o livro "Livro Sumos e Águas Detox"?
Foi algo muito espontâneo. Os sumos detox, ou funcionais, como gosto de os chamar, são há já vários anos uma ferramenta que utilizo quer em termos pessoais, quer em consulta. Quando surgiu a moda dos "sumos verdes" começaram a haver muitas dúvidas, muitas questões, receios e curiosidades relativamente aquilo que os sumos conseguiam efectivamente fazer pela nossa saúde. Estas perguntas chegavam até mim com muita frequência, na consulta, pelas redes sociais e nos workshops vida saudável organizados mensalmente. Senti genuinamente a necessidade de esclarecer todos os benefícios e contrapartidas destes sumos e também as suas limitações. Qual a melhor forma de os adicionar ao nosso dia e com que frequência utilizá-los por forma a atingir os objectivos específicos.Para além disso oferecer uma série de receitas de sumos e águas detox que ajudassem o leitor a inspirar-se e por as mãos à obra, em casa, com os seus ingredientes de eleição.

3 – O nutricionista é cada vez mais procurado nos dias de hoje. Qual pensa ser a razão dessa crescente procura?
A preocupação começou a ultrapassar a questão estética e imagem. As pessoas começaram a perceber a importância da alimentação na saúde, no bem estar e na energia do dia a dia, assim como na prevenção e retardamento dos efeitos do stress sobre o envelhecimento precoce dos tecidos e órgãos. Quando comecei a trabalhar quem me procurava era indicado por médicos e estavam numa missão de obrigação terapêutica. Acabavam por perceber que fazer "dieta" não era assim tão difícil e que afinal não era sinónimo de castigo. Agora a tendência começa a mudar. Quem marca consulta já vem com um espírito muito mais positivo e na maior parte das vezes de livre e espontânea vontade de se tornar mais saudável, de aprender a comer melhor e de utilizar a alimentação como trunfo preventivo para ajudar a viver mais e melhor.As modas mudaram e hoje em dia acaba por ser muito mais "in" uma alimentação equilibrada com alimentos funcionais, ricos em fito nutrientes e elementos antioxidantes do que uma ida ao típico fast food rico em calorias, gorduras trans e sal.Afinal ir ao nutricionista é também um bem essencial como qualquer outra valência da medicina e que apesar de tudo pode ajudar a poupar muitas idas ao médico para resolver problemas que podiam ter sido evitados ou retardados através de uma correcta alimentação.

4 – Quais são os cuidados que devem ser tomados para quem deseja reeducar a alimentação e ter qualidade de vida?
Existem alguns pilares comuns a todos os que me procuram e que devem ser seguidos por toda a população que se preocupa com a sua saúde, como o procurar uma alimentação cuidada, rica em vegetais, mas sobretudo uma alimentação equilibrada, completa e variada. É no entanto fundamental aprender a conhecer o seu próprio organismo e entender as suas verdadeiras necessidades. A personalização de um plano alimentar associado a estratégias praticas de dia a dia que não tornem a dieta ou a educação alimentar um suplicio de regras, de permitidos e proibidos. Aprender a fazer as melhores escolhas e manter rotinas salutares. Contudo e se o fim de semana houve excesso é também importante conseguir compensar, em vez de arrastar a desmotivação pelo resto da semana em que o peso na consciência acaba por ser bem pior que o peso na balança deitando tudo a perder se a força de vontade se perde pelo pequeno deslize que se for pontual pode perfeitamente ser compensado com um dia que gosto de chamar de SOS asneira!O consumo de água é muitas vezes negligenciado mas deve ser uma das primeiras situações a ter em conta nas nossas vidas, quer haja ou não sede, quer seja verão ou seja inverno. Arranjar estratégias que ajudem a lembrar e a organizar o dia alimentar é muito importante, tendo a certeza que cumpre uma dieta ou um plano alimentar personalizado que garanta todos os nutrientes para o seu dia a dia. Neste sentido e para ter a certeza que consome o que necessita sem carências, certificando-se que come os alimentos certos às horas certas procure um nutricionista no qual deposite a sua confiança e aprenda a comer bem e para as suas necessidades.

5 – Existem alimentos de Verão e alimentos de Inverno?
Na minha opinião existem alimentos de verão, de inverno, de primavera e de outono. Apesar de com as nossas vistas ao supermercado conseguirmos perceber que conseguimos encontrar quase todos os alimentos o ano inteiro é importante respeitarmos a natureza e optar por alimentos da época. Para além de serem mais económicos, pois os custos de produção são menores, acabamos por respeitar o ciclo da natureza e aquilo que ela nos dá, obtendo produtos alimentares mais ricos em termos nutritivos e mais equilibrados.

6 - Quais os alimentos que não podem faltar no lanche das crianças?
As crianças devem ter, tal como os adultos, uma alimentação o mais variada possível, sendo que as crianças, devido ao seu rápido crescimento precisam de uma alimentação com todos os micro e macro nutrientes necessários ao seu desenvolvimento físico e intelectual. Devem apostar em hidratos de carbono de absorção lenta, alimentos ricos em fibra, vitaminas, minerais, proteína de alto valor biológico e gorduras de boa qualidade ricas em ácidos gordos essenciais. A grande dificuldade prende-se muitas vezes com as frutas e vegetais que regra geral são rejeitados numa fase inicial de introdução alimentar. Optar por frutas e vegetais nos lanches dos mais novos é a meu ver uma excelente forma de apostar numa alimentação saudável que os guiarão num crescimento saudável, num sistema imunitário reforçado e em energia redobrada para brincarem. A alimentação saudável tornará os mais novos de hoje nos adultos saudáveis de amanha. Com uma educação correcta na infância poderemos prevenir uma série de complicações futuras e reduzir drasticamente os gastos com o sistema nacional de saúde para compensar e tratar doenças cronicas que podiam ser evitadas através da alimentação e adopção de estilos de vida saudáveis.
  


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